Estado Islamico
Grupo muçulmano extremista fundado em 2004 no Iraque, inicialmente como um braço da rede terroristaAl-Qaeda– com o qual romperia posteriormente.
Islâmicos sunitas, seus militantes consideram os xiitas, grupo predominante no Iraque, como infiéis que merecem ser mortos e afirmam que os cristãos têm que se converter ao Islã, pagar uma taxa religiosa ou enfrentar a pena de morte.
Objetivo
Seu objetivo é criar um Estado muçulmano que inclua as zonas sunitas do Iraque e da Síria. A violenta ofensiva do grupo tem apoio de sunitas descontentes com o governo de Bashar Al-Assad na Síria e também com o governo iraquiano xiita.
Sunitas e xiitas são duas correntes rivais do Islã e inimigos há séculos. O Iraque já teve vários conflitos e atentados envolvendo extremistas desses dois grupos.
Sunitas: É o nome dado aos adeptos da corrente majoritária do islamismo. Constituem maioria em quase todos os países muçulmanos, menos Irã e Iraque. O nome tem origem no fato de aderirem à "Suna", livro que conta a vida de Maomé.
Originalmente, os sunitas teriam uma interpretação mais flexível dos textos sagrados e adaptariam sua crença ao tempo em que vivem. Sua ação política e religiosa é marcada pela conciliação e pragmatismo, com o diálogo entre povos e religiões. Porém, os sunitas do Estado Islâmico são radicais e têm adotado uma conduta violenta no conflito.
Xiitas: A minoria xiita acredita que a adoção de princípios rígidos na vida garantiria o retorno do último descendente direto de Maomé para governar a humanidade.
A rivalidade entre sunitas e xiitas tem origem na disputa sucessória após a morte de Maomé (632 d.C.). Os sunitas reconhecem somente a ascensão de líderes religiosos escolhidos pela população islâmica.
Já os xiitas acreditam que somente descendentes do profeta Maomé podem ser líderes legítimos do islamismo. O governo do Iraque é xiita, e a maioria da população do país também.
Jihadistas: Os militantes do Estado Islâmico são chamados de jihadistas,