estado de exeçao resenha
Essa anomia é o “estado de uma sociedade caracterizada pela desintegração das normas que regem a conduta dos homens”; ele compara ao Luto quando:
Que o soberano seja uma lei viva só pode significar que ele não e obrigado por ela, que a vida da lei coincide nele com uma total anomia. [...]
A correspondência entre iustitium e luto mostra aqui seu verdadeiro significado. Se o soberano e um nomos vivo, se, por isso, anomia e nomos coincidem inteiramente em sua pessoa, então a anarquia (que, a sua morte - quando, portanto, a nexo que a une alei e cortado - ameaça libertar-se pela cidade) deve ser ritualizada e controlada, transformando o estado de exceção em luto publico e o luto, em iustitium. A indiscernibilidade de nomos e anomia no corpo vivo do soberano corresponde a indiscernibilidade entre estado de exceção e luto publico na cidade. Antes de assumir a forma moderna de uma decisão sobre a emergência, a relação entre soberania e estado de exceção apresenta-se sob a forma de uma identidade entre soberano e anomia. O soberano, enquanto uma lei viva, e intimamente anomos. (2008, pag 107)
Para Agamben, o Soberano estava acima das leis escritas, hierarquicamente, por isso, com sua morte, tinha a necessidade de se instaurar o iustitium, pois aquele que irá suceder o Soberano pode não ter o mesmo critério em relação ao direito que o outro tinha, sendo assim o direito poderia se perder ou ser suspenso.
Ele também faz esse comparativo da anomia com as festas como podemos evidenciar a seguir.
A secreta solidariedade entre a anomia e o direito manifesta-se num outro fenômeno, que representa uma figura simétrica e, de certa forma,