Estado, classe e movimento social
“O que tenham os brasileiros de singular em relação aos portugueses decorre das qualidades diferenciadoras oriundas de suas matrizes indígenas e africanas; da proporção particular em que elas se congregam no Brasil; das condições ambientais que enfrentaram aqui e, ainda, da natureza dos objetivos de produção que as engajou e reuniu” (pág. 20)
“A urbanização, apesar de criar muitos modos citadinos de ser, contribuiu para ainda mais uniformizar os brasileiros no plano cultural, sem, contudo borrar suas diferenças... As novas formas de comunicação de massa estão funcionando ativamente como difusoras e uniformizadoras de novas formas e estilos culturais” (pág. 21)
“Mais que uma simples etnia, porem o Brasil é uma etnia nacional, um povo-nação, assentado num território próprio e enquadrado dentro de um mesmo Estado para nele viver seu destino” (pág. 22)
“O povo nação não-surge no Brasil da evolução de formas anteriores de sociabilidade, em que grupos humanos se estruturam em classes opostas, mas se conjugam para atender ás suas necessidades de sobrevivência e progresso” (pág. 23)
“A estratificação social separa e opõem, assim, os brasileiros ricos e remediados dos pobres, e todos eles dos miseráveis...” (pág. 24)
“O povo brasileiro pagou, historicamente, um preço terrivelmente alto em lutas das mais cruentas de que se tem registro na história, sem conseguir sair, através delas, da situação de dependência e opressão em que vive e peleja” (pág. 25) “O povo inteiro, [...], foi também sangrado em contra-revoluções sem conseguir jamais, [...], conquistar o comando de seu destino para reorientar o curso da história” (pág. 25 e 26)
“A costa atlântica, ao longo dos milênios, foi percorrida e ocupada por inumeráveis povos indígenas. Disputando os