estado civil jhon locke
O pecado e a tolice desempenham um papel importante na arte de Bosch, mas o seu significado apenas pode ser totalmente compreendido no contexto de um tema mais amplo na Idade Média: " O Juízo Final". Este é o ultimo acto da longa e turbulenta história da humanidade, que teve o seu inicio com o pecado original de Adão e Eva e a sua expulsão do Paraíso. Neste ultimo dia, os mortos ressuscitarão das sepulturas e cristo regressará para julgar todos os homens e dar a merecida recompensa a cada um. Como o próprio Cristo profetizou, os benditos tomarão posse do Reino que está preparado para eles «desde a criação do mundo» enquanto os malditos serão condenados «ao fogo eterno preparado para o Demónio e seus anjos». O tempo acabará e eternidade começará.
Para os contemporâneos de Bosch os horrores dos Dias Finais eram mais assustadores ainda pois prevalecia a convicção de que o ultimo dia se aproximava. É verdade que já anteriormente, como em quase todas as eras, houve profetas que proclamavam a proximidade do fim do Mundo, mas os profetas raramente mereceram tanta atenção como nos finais do século XV.
O Triunfo do Pecado:
As tradicionais representações do juízo Final costumavam dividir os ressuscitados em número quase igual de eleitos e de condenados. Bosch não partilhava e mesma visão optimista das perspectivas da humanidade perante as barreiras impostas pela justiça divina: O Tríptico de Viena mostra que contava com proporções menos favoráveis. Para Bosch pecado e tolice eram as condições universais da existência humana e o destino normal do homem.
A Imitação de Cristo:
Em muitos exemplos importantes, Bosch ultrapassou os limites da narrativa bíblica para representar a luta entre o Bem e o Mal como um fenómeno universal. Podemos constatar este facto na taberna assolada por diabos, onde se festejam as “Bodas de Cane”, e Van Mander descreve "Uma Fuga para o Egipto", actualmente perdida, onde se podia observar uma estalagem também