Essa tal de depressão: doença ou resposta?
Resenhado por Jeftá Alves Costa, acadêmico do curso de Bacharel em Teologia do Seminário Teológico Batista do Nordeste
Devido aos seus autos índices, a depressão vem a décadas sendo considerada por estudiosos como o “mal do século”. Diagnosticada em pessoas de todas as faixas etárias, em 1990 estava em quarto lugar no quadro de doenças mais diagnosticadas há uma perspectiva de que em 2020 ela esteja em primeiro lugar. Muitos profissionais a considera como uma doença, outros como uma resposta do organismo às constantes mudanças que passamos. Afinal a depressão é uma doença ou uma resposta? Reche, no seu livro, responde a essa dúvida que tem incomodado tanto aos estudiosos quanto aos pacientes. Antes de falar sobre a depressão como doença ou resposta, ele expõe um incomodo em relação ao preconceito. Pois, para muitos o fato de ir a um psiquiatra é sinal de que o paciente é louco, sendo que nem todo mundo que vai a um consultório de psiquiatria é um doente mental. Ao longo do livro, de maneira clara, Reche transmite informações a respeito da depressão, sendo que, segundo ele, “o grande gerador do preconceito é a falta de informação” (p.10). Na primeira parte do livro, Reche apresenta a doença depressão. Para ser considerada como uma doença, a depressão deve ser mais do que um mau humor, ou tristeza profunda, deve constituir uma síndrome, ou seja, uma série de sintomas que a caracteriza gerando uma alteração nos aspectos genéticos, biológicos e ambientais do indivíduo que lhe dificulta as escolhas e causam prejuízos na vida social, trabalho ou ocupação não conseguindo manter suas relações como antes. O autor apresenta esses como os de vida vegetativa, os cognitivos, os comportamentais e os físicos. Eles aparecem de várias formas e em muitos momentos de nossas vidas. Porém, o aparecimento desses sintomas não fecha o diagnóstico da doença depressão, sendo