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SINDROME DA RUBEOLA CONGÊNITA: RELATO DE CASO CLÍNICO COM ACOMPANHAMENTOEVOLUTIVO DURANTE 28 ANOS
João Borges Fortes Filho, Lucas Borges Fortes
Curso de Especialização em Oftalmologia do Hospital Banco de Olhos de Porto Alegre
Introdução: A Síndrome da Rubéola Congênita é causada pela infecção materna durante o primeiro mês de gestação. A criança nascida após a infecção materna pode mostrar manifestações sistêmicas e oculares. As manifestações oculares mais freqüentes são: catarata congênita, retinopatia, microftalmia, glaucoma, leucoma corneano, hipoplasia iridiana, estrabismo e atrofia do globo ocular. Além destes achados oftalmológicos pode ocorrer surdez, anomalias ósseas ou dentárias, desenvolvimento tardio de diabetes entre outros achados sistêmicos. O presente trabalho tem como objetivo relatar as alterações oculares observadas numa paciente com esse diagnóstico e mostrar sua evolução durante 28 anos de acompanhamento. Relato de Caso: Paciente do sexo feminino, branca, agora com 53 anos de idade, consultou pela primeira vez em 1976, aos 25 anos. No exame oftalmológico apresentava microftalmia, catarata congênita e leucoma corneano no olho direito o qual era amaurótico desde o nascimento. No olho esquerdo tinha glaucoma crônico de ângulo aberto e fundoscopia com aspecto de retinopatia do tipo sal e pimenta. Essas manifestações vêm se mantendo inalteradas ao longo dos 28 anos de seguimento deste caso estando o glaucoma controlado com colírio betabloqueador desde aquela época sem haver progressão dos danos no campo visual. Comentários Conclusivos: As condutas nas manifestações oculares da Síndrome da Rubéola Congênita devem ser dirigidas aos achados específicos de cada paciente e devem incluir aconselhamento adequado quanto aos eventuais déficits visuais presentes além da monitoração do paciente com exames oftalmológicos regulares. No caso aqui descrito, possivelmente a descrição de mais longo prazo na literatura científica nacional