Esquizofrenia para a Psicologia Comportamental
A Esquizofrenia (“esquizo” - cisão e “frenia” - mente) é caracterizada por disfunções variadas, simultâneas e de diversos graus de intensidade. A motivação, os estados afetivos, os processos cognitivos, o conteúdo do pensamento e a percepção se apresentam alterados. Em consequência dessas alterações, o indivíduo pode perder o senso de identidade pessoal, e apresentar dificuldades em estabelecer contato social. O principal distúrbio perceptivo são alucinações auditivas, escuta de vozes quando o paciente está sozinho ou não tem ninguém por perto. Podem ocorrer, mas não muito frequentemente, alucinações visuais (visões irreais), olfativas (odores diferentes) ou táteis (sensação de “formigamento”). Os indivíduos esquizofrênicos também podem ter ilusões (percepção de objetos reais de modo distorcido) ou despersonalização (sensação de que o corpo está sofrendo modificações). Distúrbios motores também são observados, tais como catatonia (alterações intensas da motricidade caracterizadas por imobilidade e comportamento indiferente ao ambiente), movimentos estereotipados (repetitivos e sem propósito), atividades motoras incontroláveis e agitação, sendo as duas últimas as mais frequentes. Os sintomas da Esquizofrenia são classificados em sintomas positivos (caracterizados por distorção do funcionamento normal das funções psíquicas) e sintomas negativos (caracterizados por perda das funções psíquicas). Esses tipos de sintomas estão condensados na Tabela 1.
Tabela 1 – Principais sintomas positivos e negativos da Esquizofrenia
Sintomas Positivos
Sintomas Negativos
Delírios
Alucinações
Pensamento incoerente
Agitação psicomotora
Afeto incongruente
Deficiências intelectuais e de memória
Pobreza de discurso
Embotamento afetivo
Incapacidade de sentir prazer – Anedonia
Isolamento social
Falta de motivação
Dependendo do predomínio de um ou outro sintoma pode se subdividir a Esquizofrenia em diferentes tipos clínicos. Segundo DSM – IV, os principais subtipos