esqueleto humano

Atividade de ciências.

Ossos do ofício No dia 4 de janeiro de 2004, o robô Spirit, da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa), posou na superfície do planeta Marte após 7 meses de viagem. A equipe responsável pela navegação do pequeno robô conseguiu que ele posasse exatamente no local previsto: a cratera Gusev, uma região ao sul do equador marciano. Com um sistema de locomoção que se baseia em seis rodas de eixos independentes, o robô Spirit poderá aproximar-se das rochas mais interessantes para examiná-las de perto. Será capaz ainda de triturar a superfície que cobre as rochas e analisar os minerais que se encontram em seu interior, além de observar a paisagem ao redor com detalhe e precisão inéditos. Antes do Spirit, muitas outras naves não tripuladas já alcançaram a órbita de Marte e uma delas até já havia lançado o robô Sojourner para explorar a superfície desse planeta. Não se sabe, no entanto, quando o ser humano pisará lá. Além de obstáculos tecnológicos e financeiros, existe a suspeita de que os astronautas ficariam bastante doentes durante a missão. Nenhum dos astronautas que permaneceram vários meses no espaço escapou da perda de massa óssea. Na ausência de gravidade, os ossos perdem cerca de 1% de sua massa por mês. Dois dos sete astronautas americanos que ficaram mais de quatro meses na estação russa MIR, destruída em março de 2001, ainda tinham, dois anos após a volta à Terra, os ossos comprometidos. Em missões de longa duração, ossos como o fêmur e os do quadril se tornariam muito porosos, causando uma doença conhecida como osteoporose. A jornada a Marte levaria, entre ida, estada mínima e volta, cerca de mil dias. Num período desses, a vulnerabilidade óssea pode ser fatal. O explorador correria o risco de tropeçar na superfície pedregosa do planeta e sofrer uma fratura. Uma emergência médica dessa natureza tira o sono dos cientistas!
Mansur, Alexandre. A insustentável Leveza. Época, 3/12/2001.