Espírito e Intenção
CURSO: UNESP/Redefor Filosofia
TUTOR: Renata Cristina Lopes
CURSISTA: Rubens Roque
TURMA: 195
MÓDULO: 4
NOME DA DISCIPLINA: Filosofia da Mente
Espírito e Intenção
A propósito da questão: “como as coisas físicas podem ‘se lançar fora de si’ em direção a outros objetos”; é possível dizer que, na verdade, as coisas em si mesmas não fazem isso ou aquilo; não são nem isso nem aquilo. Elas são simplesmente “coisas” que vêm a ser no mundo. É pelo fato de o espírito humano ser um esforço ativo – que também está no mundo – e exercer sua influencia sobre as coisas que elas podem ‘se lançar fora de si’ como forma de representação e referência a algo. O espírito, em sua essência, tem como uma de suas características a coordenação das experiências internas e externas, por isso é que a “intenção”, intrínseca ao seu caráter, dá ordem, seqüência e unidade à multidão de coisas que chegam ao seu alcance. É através da concepção que ele faz esse trabalho de ordenar os objetos e fatos em torno das idéias de causa, efeito, necessidade etc. É o espírito quem diz: “isso é um mapa!”; “isso é belo!”; “isso é verde ou é amarelo”.
Assim sendo, podemos de certa forma concordar com a frase da autora do texto quando diz: “A resposta mais óbvia é que a intencionalidade dessas representações físicas é derivada da intencionalidade originária ou intrínseca da mente que as concebeu ou construiu”. Pois a idéia de “intencionalidade”, conforme exposta no texto e segundo Franz Brentano é de que tudo aquilo que se dirige, faz alusão, menção ou referência a alguma coisa possui a propriedade da intencionalidade. Ela parece ser uma característica essencial do conjunto de todas as representações (expressões lingüísticas, gestos, sinalizações e figuras). Daí se segue que o problema teórico das representações é semelhante ao problema teórico da intencionalidade e que há uma conexão necessária entre as idéias sobre a linguagem e representações públicas e as idéias sobre os fenômenos