A relação entre mídia e esporte vem se estreitando cada vez mais ao longo dos anos, até chegarmos ao estado atual de dependência mútua. O crescimento mundial na cobertura esportiva pela mídia tem sido a principal alavanca do que se chama hoje de marketing esportivo. Sem tal cobertura, o gigantesco crescimento do interesse pelo esporte nunca teria ocorrido, e as várias indústrias que dependem dele jamais teriam se desenvolvido. Maior responsável pela popularização do esporte, expandindo o interesse pelas diversas modalidades, que antes se restringiam aos aficionados, a mídia passou a atender melhor às demandas de seus dois públicos: os consumidores de esporte (telespectadores e torcedores) e o mercado anunciante, interessado em atingir esses consumidores. A televisão é ainda a principal responsável pela globalização do esporte, já que sua linguagem universal permite que as imagens das partidas sejam comercializadas em escala global. Esta é a estratégia das empresas transnacionais que fabricam produtos esportivos. Além dos benefícios dessa massificação do esporte pela mídia – tais como a globalização dos atletas, a maior organização das entidades esportivas e o desenvolvimento do marketing esportivo -, a exposição de mídia se encontra no centro dos ganhos relacionados à indústria esportiva. Estas receitas são tanto diretas, como as receitas com venda de direitos de TV e pacotes de pay-per-view, como indiretas, tais como patrocínio, bilheteria e venda de produtos licenciados, cujos valores crescem proporcionalmente à audiência atingida. De fato, a mídia representa há muito tempo a principal fonte de receita da indústria esportiva, sendo em muitos casos a única responsável pela sobrevivência financeira de clubes de alto nível de competição em todo mundo, caso que inclui o Brasil. Tal fato se dá pela incapacidade de se explorar as demais fontes do marketing esportivo mencionadas acima, o que reduziria esta relação de dependência. O esporte é um produto tão rentável e