Esportes Nao Olimpicos
Posted on 23 August 2012 by Ubiratan Leal
Esse post eu deveria ter publicado na semana passada, ainda no embalo dos Jogos Olímpicos de Londres. Mas ficou grande, e acabou demorando para terminar. Como eu sou brasileiro, não desisto nunca (desde que não esteja ventando) e fui em frente.
Jogos Olímpicos são legais porque servem de oportunidade para ver dezenas de esportes diferentes, fingir que entende de todos eles e cornetar os brasileiros como se fôssemos potência mundial em tudo. De, depois, tentamos imaginar por que certas modalidades estão no evento quando, aparentemente, ninguém deve disputá-las de verdade.
A maior vítima disso é o badminton, que é top of mind de “esportes olímpicos bizarros”. O jogo da peteca sofre por causa de seu nome exótico, mas ele merece estar lá. Tem muita popularidade no Oriente e no Sudeste Asiático, além de um número razoável de praticantes na Europa. É maior que muitas outras modalidades às quais o público se acostumou e, por isso, não contesta muito.
Oficialmente, um esporte de verão precisa ser “largamente praticado” em, no mínimo, 75 países, espalhados por quatro continentes. O conceito é subjetivo: não há clareza sobre o que é considerado “largamente praticado” e, se precisar, algumas modalidades buscam atalhos e entram como disciplinas dentro de um esporte já praticado (como vôlei de praia dentro do vôlei, snowboard como parte do esqui e nado sincronizado e saltos ornamentais dentro de “esportes aquáticos”).
Outra definição oficial é que um esporte só pode entrar se outro sair, uma manobra do COI para evitar o inchaço dos Jogos. Também é relativo. Em 2016, golfe e rúgbi entrarão porque beisebol e softbol saíram. Mas beisebol e softbol são, na prática, um esporte só (um entra como versão feminina do outro). No final das contas, um esporte se torna olímpico se o Comitê Olímpico considerar que ele acrescentará algo a os Jogos.
Ano que vem, a entidade decidirá em seu congresso