esporte e cultura de movimento na comtemporaneidade
O esporte de rendimento, caracterizado pela superação de limites, metas e adversários, dificilmente pode ser denominado como “saudável”. Chavões como “Esporte é saúde: pratique!” muitas vezes escondem a realidade da vitória a qualquer custo, a qualquer preço, até o da saúde do atleta. O esporte de rendimento da forma como está estruturado e é praticado implica, em muitos casos, no desrespeito aos limites do ser humano (CILLO, 2003). Pode-se observar diferentes papéis exercidos pelo esporte na sociedade contemporânea. O esporte proporciona aos praticantes o convívio com a vitória, derrota, companheirismo, e nos esportes coletivos com a sociabilidade. Segundo Jordão (2011) na contemporaneidade o esporte atrai as mais diversas áreas do conhecimento humano. Esses saberes contribuem de forma diferente para o crescimento desse fenômeno da nossa cultura. No esporte de rendimento isso está evidenciando-se com o passar do tempo, deixando de ser o esporte um campo apenas das ciências médicas para se tornar um objeto de estudo de campos como a psicologia, o direito, a administração e o marketing.
Esta busca incessante pelo sucesso e pela superação dos recordes pressupõe, de maneira muito assertiva, uma evolução material da sociedade e física do atleta. Nos treinos diários o atleta busca a perfeição técnica, tendo em seu auxílio os estudos científicos sobre o movimento humano; já os fabricantes de materiais e equipamentos esportivos cumprem seu papel, lançando no mercado produtos sempre mais inovadores a intervalos cada vez menores. Ou seja, o conjunto de fatores físicos e mentais, aliados à técnica e a tecnologia, contribuem indefinidamente para a construção de uma situação vitoriosa (SILVA; RUBIO, 2003).
Logo, observa-se o grande apoio das empresas midiáticas que estimulam o esporte, e a presença da ciência e tecnologia, que de fato, atua diretamente na influência da superação dos limites, tornando-se benefícios influentes