Esporte para amputados
Marco Antonio Guedes de Souza Pinto
Margarida S. C. Marques de Oliveira
Elisabeth Mattos
Introdução
Tradicionalmente, as atividades físicas tem sido utilizadas como instrumento de tratamento: tanto pela sua indicação como pela sua restrição. No âmbito das indicações, ela tem como objetivo: diminuir o "stress", facilitar a reabilitação emocional e física, desenvolver a motricidade, o sistema cárdio-respiratório e promover a segurança do paciente ampliando seu acervo de experiências motoras. O uso do Esporte com finalidades terapêuticas, teve início no Hospital de Stoke Mandeville, na Inglaterra, por iniciativa do neurologista e neurocirurgião alemão Ludwig Guttman. Após estar convencido dos efeitos da prática esportiva na motivação e também na melhora do sistema neuromuscular dos indivíduos, este médico, na década de 40, incluiu a prática esportiva nos programas terapêuticos dos lesados medulares, o que mais tarde se estendeu para outros deficientes.
Desde a última década, a prática de atividade física para pessoas portadoras de deficiência tem sido alvo de vários estudos, especialmente com o desenvolvimento dos atletas de alto nível, o que proporciona melhoria e desenvolvimento do conhecimento em relação ao comportamento dessa população, diante de atividades mais intensas. Esse conhecimento tem se difundido e desenvolvido entre profissionais da saúde, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes, favorecendo também a integração social desses indivíduos (MATTOS, 1994). Neste momento é preciso ressaltar que a condição física pode diferir entre o amputado que adquiriu esta condição devido a um trauma, e outro que adquiriu de forma congênita ou devido a doenças crônicas. O primeiro poderia até ser um atleta antes da lesão e o segundo e terceiro poderiam ter estado inativos como conseqüência da doença primária. Os amputados congênitos precisam ser estimulados desde cedo a praticar atividades físicas, sendo