esploradores
Eu, Edgley Márcio Alves da Silva, portador da matrícula 600314773, cadastrado no banco de dados de alunos devidamente matriculados desta Universidade interporei diante da Ilustríssima presença do Excelentíssimo Senhor Doutor Martorelli Dantas, Juiz do Tribunal da Vara Criminal do Primeiro Período do Curso de Direito redarguindo quanto às razões de justiça a seguir mantendo o espírito de nossa lei e não propiciando quanto a qualquer encorajamento à sua transgressão:
CONHECIMENTO DOS FATOS HISTÓRICOS Cinco membros da uma Sociedade Espeleológica - uma organização amadorística de exploração de cavernas - adentraram em princípios de maio do ano de 4299 no interior de uma caverna de rocha calcária no Planalto Central. Já distantes da entrada da caverna ocorre um desmoronamento bloqueando sua única abertura tornando-se uma prisão subterrânea. Os exploradores haviam deixado indicações, caso algum imprevisto ocorresse. Após a notificação por parte das famílias da ausência dos Espeleólogos, uma equipe de socorro foi prontamente enviada ao local de resgate, região remota e isolada demandando elevados gastos, concentrando vários trabalhadores, engenheiros, geólogos e outros técnicos no trabalho de desobstrução. No vigésimo dia a partir da ocorrência soube-se que os exploradores dispunham de um rádio transistorizado estabelecendo-se contato com a superfície. Aqueles indagaram quanto ao tempo necessário para libertá-los e da probabilidade de subsistirem sem alimento após descrição de suas condições na caverna. Responderam-lhes que precisavam de pelo menos dez dias até o resgate e que havia escassa possibilidade de sobrevivência, o rádio então, dentro da caverna silenciou. Restabelecida a comunicação, Whetmore (Vítima), falando em seu próprio nome e em representação dos demais, indagou se eles seriam capazes de sobreviver por mais dez dias se alimentassem da carne de um