ESPIRITUALIDADE CRISTÃ
Em meados do século XX, muitos temiam que o processo de secularização não só minaria as bases da fé, mas também eliminaria o espaço da religião. Apostava-se na ciência e na técnica como caminho para a solução de todos os problemas humanos. As pessoas estão cada vez mais céticas, sem fé, sem amor, além de estarem convencidas que são auto-suficientes, e que não precisam se aproximar mais de Deus. E tudo indica que o subconsciente espiritual se vingou. Nunca houve tamanha proliferação religiosa como na segunda metade do século XX. Tomou-se consciência não só dos limites da ciência e da técnica, mas que a religião brota de fontes profundas do homem.
A sociedade ocidental cristã, marcada pela racionalidade científica e despreocupada de promover o cultivo da oração contemplativa, importou gurus da Índia, do Paquistão e de Alhures para orientar seus jovens na busca do contato com o Deus transcendente. Milhares de jovens universitários procuram hindus para exercitar a meditação transcendental ou se fecham nos mosteiros para se iniciar e progredir nas fortes experiências extra-sensoriais ou no relacionamento imediato com Deus (GUITTON; BOGDANOV, 2003).
No desafio teológico de analisar e entender o verdadeiro sentido de espiritualidade à luz das Escrituras, não é fácil definir ou conceituar espiritualidade. Muito embora seja uma expressão religiosa que, a princípio tenha a ver