Espiritismo
Luciane Evans
Geralmente, as mulheres que sofrem de câncer, durante muito tempo de suas vidas, acharam que davam conta de tudo e não conseguiram elaborar as emoções da vida - Letícia Fonseca Talarico, psicóloga clínica e espírita
Aquilo que parece injustiça é, na realidade, uma oportunidade de fortalecimento para que as dores e os sofrimentos sejam suportados com maior grandeza do espírito. Algumas doenças, como o câncer e os males da infância, que muitas vezes nos fazem duvidar da fé e perguntar o ‘porquê’ de tanto sofrimento para tal paciente, tem também suas explicações. Pelo menos para o espiritismo, o câncer é como uma tentativa de reequilíbrio, como se fosse um aviso e um pedido de tempo a quem não soube elaborar as emoções da vida e, em muitos casos, achou que daria conta de tudo. Uma doença pode ter um significado muito maior do que se imagina. É assim, visto como uma oportunidade de rever e avaliar a vida, que muitos males são interpretados à luz do espiritismo.
Neste último dia da série do Estado de Minas, 'Saúde à luz do espiritismo', o jornal ouviu dos profissionais da psicologia e da pediatria as interpretações para males que, até hoje, não se sabe ao certo como surgem. “Em que momento a gente começa a adoecer?”, questiona a psicóloga clínica e espírita Letícia Fonseca Talarico, que faz parte de grupos de tratamento a pacientes com câncer, da Associação Médico-Espírita de Minas Gerais. A pergunta é, segundo ela, o pontapé inicial para essa discussão. Dentro de uma mudança de clima, podemos gripar, mas, “se estivermos mal emocionalmente, a gripe, que seria simples, piora”.
E, ao contrário do que se pensa sobre o câncer, mal que, segundo o Instituto Nacional do Câncer, atinge milhares de brasileiros todos os anos, é visto pelo conhecimento espírita, conforme a especialista, como uma tentativa de reequilíbrio. “Quando chega uma nova paciente para o nosso grupo de