Espiritismo
Segundo o Espiritismo, todo homem é um médium, um canal de comunicação entre os vivos e os espíritos. Por isso, não existe um papa espírita nem qualquer tipo de hierarquia dentro da religião (a ausência de paramentos e cerimoniais também é uma característica “racionalista” dentro da fé espírita). Nos centros espíritas, por exemplo, a função de liderança geralmente está reservada ao médium mais experiente ou ao próprio fundador do centro.
A simplicidade pregada pelo Espiritismo também estaria explicitada pela inexistência de grandes rituais de passagem como casamentos, batismos e enterros. Isso porque os espíritas acreditam ser desnecessário o vínculo com Deus – “a inteligência suprema”, como prega Allan Kardec. Céu, inferno e diabo virtualmente não existem no horizonte espírita. Isso porque o Bem e o Mal podem estar dentro de cada um, sem que haja a necessidade de uma localização para cada um.
Os médiuns comunicam-se com os espíritos das mais diversas maneiras. Houve um tempo em que a comunicação se dava por meio de batidinhas na parede, mas hoje, na maioria dos centros espíritas, as principais formas de comunicação costumam ser a psicografia e a incorporação. Em sessões chamadas de “desobsessão” (quando um espírito cheio de más intenções incomoda uma pessoa), os médiuns incorporam essas entidades chamadas “obsessoras” e procuram convencê-las da falta de sentido em assombrar a vida dos “encarnados”.
O Espiritismo acredita que os espíritos são criados numa espécie de “ponto zero”, onde