Espetacularização da imprensa
Segundo Fabio Cardoso Marques em seu texto “Uma reflexão sobre a espetacularização da imprensa”, a imprensa atual comparada a imprensa de algumas décadas atrás deixou de lado a “missão” jornalística de formar opinião pública (Dentro da perspectiva política de cada linha editorial). Antigamente o papel dos jornais era de informar e formar opinião pública, nos dias atuais essa “missão” se transformou em meta por melhores resultados econômicos, onde os jornais se transformaram em mercados e seus conteúdos em mercadorias, que são vendidas para dois públicos diferentes, os anunciantes e os leitores.
Com isso houve também uma transformação sobre os assuntos considerados de “interesse”, os espaços dedicados a disputa entre forças políticas opostas foi substituído, por matérias de temas pessoais, sensacionalistas e sobre figuras públicas. Essa transformação, influenciou de maneira direta, o conteúdo dos veículos de imprensa, as pautas e os discursos jornalísticos. Mesmo assim os jornais e revistas continuaram defendendo suas perspectivas políticas.
Marques, utiliza em seu texto algumas teorias de Theodor Adorno, Max Horkheimer, Herbert Marcuse e Guy Debord para fundamentar a ideia de que as atividades jornalísticas da grande imprensa pertencem a esfera da indústria cultural, desde a produção da notícia até os conteúdos discutidos nos jornais, por se tratarem de um meio com um grande poder de difusão ideológica, reforçam também a teoria de produto noticia, e com isso nos mostra uma espécie de atualização sobre consequências e os efeitos ideológicos exercidos pela indústria cultural nas sociedades contemporâneas, após o início da segunda metade do século XX.
2.4 – O discurso ideológico da mercadoria-noticia.
Herbert Marcuse em seu texto “O fechamento do universo da locução”, do livro “A ideologia da sociedade industrial”, defende a idéia de que pensamentos críticos negativos