Fundamentação teórica A interação em qualquer ambiente nasce da aceitação do outro onde o respeito e o acolhimento facilita a convivência entre os seres humanos. Na escola, o ambiente das relações interpessoais, deve estar focalizando a constituição do eu, a compreensão do indivíduo com suas diferenças e qualidades, para ter condições de vida nos grupos. Conforme Patto (1997, p. 319), “a educação para o ‘mundo humano' se dá num processo de interação constante, em que nos vemos através dos outros, e em que vemos os outros através de nós mesmos”. As estruturas da inteligência humana são construídas à medida que o sujeito é desafiado por uma perturbação interior ou pelas resistências dos objetos em relação às suas ações. A cada nova situação, processos assimilativos e acomodativos entrarão em ação e isto resultará na adaptação do sujeito ao objeto (Becker, 2002). Piaget nomeou como esquema cada nova aquisição mental passível de ser generalizada em uma determinada ação. Os esquemas já formados funcionam como ferramentas a serem coordenadas entre si e usadas para a formação de novos complexos, desenvolvendo assim a inteligência do indivíduo. Para que o esquema seja interiorizado pelo sujeito, é fundamental que haja interação entre este e os objetos em seu entorno. A interação proporciona que dois mecanismos distintos atuem e alcancem a adaptação do sujeito ao novo. Estes dois mecanismos são chamados de assimilação e acomodação, e funcionam como dois pólos complementares de todo processo de adaptação. O primeiro incorpora o novo desafio à ação do sujeito, o segundo modifica esquemas antigos para se adequarem ao objeto recém assimilado. Com isso, um novo esquema surge finalizando a adaptação. A partir de um ponto de vista construtivista, as primeiras descobertas musicais que a criança realiza tem a ver com o exercício do aparelho fonador e de seus movimentos espontâneos. A partir dessas ações ocorrem,