Esperanto: uma língua internacional
Já tem mais de 100 anos, e cerca de 2 milhões de pessoas em todo o mundo falam-no fluentemente. Trata-se do Esperanto, um idioma criado à medida para se tornar internacional.
Para que os processos de comunicação sejam totalmente eficazes, um dos principais requisitos é o uso de uma linguagem comum a todas as partes envolvidas. Hoje em dia a comunicação já acontece à escala mundial nas mais diversas vertentes, seja a nível pessoal, comercial, político... E naturalmente que o fator idiomático representa uma barreira considerável - apesar do razoável domínio da língua inglesa enquanto idioma "universalmente falado".
Foi nas últimas décadas que esta questão começou a tomar proporções mais evidentes, mas já no século passado houve quem se preocupasse com o assunto, chegando a desenvolver uma língua "internacional". Em 1887, o polaco Ludwik Zamenhof criou o Esperanto, aquela que é, até hoje, a língua "artificialmente criada" mais bem sucedida.
Com raízes no latim, no grego e nas línguas daí derivadas, o esperanto foi desenvolvido de forma a ser uma linguagem simples, de regras gramaticais e semânticas básicas e desprovidas dos artificialismos e pormenores supérfluos resultantes de uma evolução histórica longa e com as mais diversas influências de todos os outros idiomas. O Esperanto é, assim, um idioma criado de raiz com o intuito de se tornar internacional, de aprendizagem rápida e acessível a qualquer pessoa, independentemente da sua língua materna. O Esperanto não foi criado com a pretensão de se tornar uma língua universal, mas sim a segunda língua de todos os povos, sem qualquer prejuízo de cada idioma já existente.
Mas em vez de procurar descrever, o melhor será exemplificar. Afinal, tratando-se de um idioma, convém que tenhamos com ele um contato direto. Aqui ficam então, algumas curtas frases em português e em Esperanto. A semelhança no vocabulário e na raiz de cada palavra é evidente:
Bonan matenon - Bom dia.