Especies Arboreas Brasileiras
1. TAPIÁ, Alchornea triplinervia
Aspectos Ecológicos
Características sociológicas: o tapiá é encontrado em associações subclímax. Prefere as florestas mais abertas, onde comumente é encontrado em clareiras e bordas.
Regiões fitoecológicas: Alchornea triplinervia apresenta alta plasticidade ecológica, ocorrendo naturalmente em ecossistemas tão diversificados quanto a Floresta Ombrófila Densa (Atlântica), nas formações Terras Baixas, Submontana e Montana, onde é bastante comum e na chamada Floresta de Tabuleiro, no norte do Espírito Santo; Floresta Ombrófila Densa (Amazônica), onde não é tão comum; Floresta Ombrófila Mista (Floresta com Araucária), na formação Montana; Floresta Estacional Semidecidual, nas formações Aluvial, Submontana e Montana; Floresta Estacional Decidual Baixo-Montana; Cerradão, onde é rara; Campos de altitude, na Bahia e em Minas Gerais, e Matas alagadas de Tabebuia em Restingas.
Descrição
Forma: árvore semicaducifólia, com 2 a 20 m de altura e 30 a 60 cm de DAP (diâmetro na altura do peito). As árvores maiores atingem dimensões próximas de 35 m de altura e 110 cm de DAP, na idade adulta.
Tronco: normalmente tortuoso. Fuste geralmente curto, podendo atingir até 15 m na floresta.
Ramificação: dicotômica, cimosa, grossa e tortuosa. Copa alta e ampla, densifoliada, irregular. Na base do tronco há vestígios de raízes tabulares.
Casca: com espessura de até 19 mm. A casca externa é cinzenta a cinza-rosada, áspera, com fissuras pequenas e pouco profundas, às vezes somente num lado do tronco. A casca interna é fibrosa e marrom-rosada.
Folhas: simples, alternas, muito variáveis na forma, porém basicamente elípticas ou arredondadas, com estípulas verde-claras, discolores, de consistência coriáceas ou cartáceas, lâmina foliar com 2,5 a 15 cm de comprimento e 3 a 8 cm de largura, margem denteada, palminérveas, com três nervuras principais características, saindo da base obtusa e duas a quatro glândulas