Espaços Privados
O imóvel bem habitado
O autor do texto fala sobre os imóveis mistos e mostra as divisões sociais existentes dentro do mesmo edifício onde as separações entre as classes eram feitas através dos andares.
Os primeiros andares eram para as denominadas classes dominantes, compostos por industriais com alta concentração de bens, e os últimos andares eram reservados para os da classe operaria, também chamados de “bárbaros”.
Com o passar do tempo começou a haver uma separação maior entre as classes, assim foram se tornando raros os imóveis mistos e começou a separação social em apartamentos específicos para burguesia e operários.
O autor começa a descreve como eram feitas essas divisões de classe pelo tipo de apartamento em que se morava. Sendo os apartamentos da classe dominante ou primeira classe com dupla orientação, pátios, escada de pedra e apenas quatro andares com os três primeiros de pé direito elevados. Com todo o conforto e luxo que se pode ter. Já os da segunda classe tinham um andar a mais, com os dois primeiros destinado a comércios e sua escada era de madeira tanto a principal como a de serviço. E os da terceira classe também com cinco andares tinham uma escada de madeira e uma espécie de poço às vezes.
Nos bairros burgueses os apartamentos eram ricos em detalhes, em todos os cômodos não se admitia “paredes peladas”, tendo um acumulo de objetos decorativos e arquitetônicos. Dentre os cômodos destaca-se a importância da sala de jantar para a família, que acaba sendo um espaço de sociabilidade e também um lugar de encontro cotidiano, com um amplo espaço e luminosidade.
A cozinha e o “banheiro” da época não tinham uma atenção dos arquitetos, por serem lugares com fumaças, odores e dejetos não eram muito frequentados. Mas que acabaram criando a necessidade de uma espécie de saneamento básico e a obrigação social de se lavar as mãos. No que se diz respeito às acomodações do casal havia uma espécie de tabu em que não se entrava no quarto de