Espaço urbano
O livro espaço urbano, do escritor Roberto Lobato Corrêa, considera a cidade como espaço urbano composto por um complexo de usos da terra, próximos entre si e pode ser analisado como um conjunto de pontos, linhas e áreas. Pode ser abordado a partir da percepção que seus habitantes ou alguns de seus segmentos têm do espaço urbano e suas partes.
O conjunto de usos da terra é a organização espacial da cidade ou simplesmente o espaço urbano é fragmentado em diversas áreas: centro da cidade, áreas industriais e áreas residenciais, distintas em termos de forma e conteúdo socioeconômico; áreas de lazer; e entre outras aquelas de reserva para futura expansão. Esses fragmentos são articulados, pois entre eles ocorrem: fluxos de veículos e de pessoas (trabalho, escola e etc.), operações de carga e descarga de mercadorias. Eis o que é o espaço urbano: é simultaneamente fragmentado, articulado, reflexo e condicionamento social, espaço simbólico e campo de lutas. É assim permanente processo de organização e reorganização espacial, processo de produção e reprodução do espaço.
O espaço urbano é mutável e é um fator condicionante da sociedade, esse condicionamento se da através de obras estruturais, não existe área cristalizada no espaço urbano e sim em estado de inércia. A ação de agentes sociais leva a um constante processo de reorganização espacial, São esses agentes sociais aqueles que visam à apropriação de uma renda a partir da terra: proprietários dos meios de produção (principalmente as grandes industrias), proprietários fundiários (outra característica é uso das amenidades físicas e campanhas publicitárias exaltando as qualidades da área), promotores imobiliários, o Estado ( aparato jurídico legal, controlam a legislação como plano diretor, o estatuto da cidade, é agente financeiro, agente construtor como moradias populares, é investidor e possui controle indeterminado da terras com o poder de desapropriar) e grupos sociais excluídos (que se opõem sobre