espaço-sociedade
Se observarmos o desenvolvimento e produção do espaço ao longo da história, podemos perceber que este está em contínua modificação, tendo em vista que a relação entre o homem e o espaço apresentam a partir das práticas espaciais produzidas e manifestadas em âmbito social. Dando continuidade a este raciocínio é necessário que tenhamos em mente que as práticas espacias estão diretamente ligadas tanto ao espaço quanto a sociedade, de forma simultânea, tornando assim a noção de espaço muito mais complexa e singular.
Dessa maneira, ao nos depararmos com as múltiplas diferenciações percebidas no âmbito local, se faz necessária a compreensão da relação espaço-sociedade como um aspecto determinante na construção do espaço. Sendo assim a noção de espaço é cada vez mais um resultado das práticas espaciais-sociais que por sua vez ao serem um produto das relações sociais, também são um produto as especificidades locais.
Portanto tanto o espaço quanto o homem, mantém uma relação dialética de intrínseca de associação, produzindo e sendo produto, ao mesmo tempo, um do outro.
É nessa linha de raciocínio que Milton Santos elabora a noção de que o espaço é formado por um conjunto indissociável de sistemas de objetos e sistemas de ações.
Portanto, de um lado temos a configuração espacial e de outro as relações sociais
(Santos, 1988), dadas respectivamente, pelo conjunto formado pelos sismas naturais existentes em dado lugar e pelas intervenções humanas, que por sua vez se impõe ao sistema natural.
Ao apresentar a sua acepção sobre a produção social do espaço Henri Lefebvre resgata o princípio fundamental da teoria de Marx, que enfatizava o homem como “sujeito de sua história”. Nestes termos, a disposição do espeço se explicita a partir das relações conflitantes entre o capital e o trabalho não somente no sentido material, mas também nas relações de poder materializadas territorialmente e a partir das