Esparta
Esparta ou Lacedemônia surgiu por volta do século IX (a.C.), na fértil região da Lacônia, no rio Eurotas, após uma união das três tribos dórias. Em Esparta, diferentemente das outras cidades gregas, não houve transformações políticas, econômicas, sociais e culturais. Isso se deve, em parte, ao seu isolamento, que não impedia de controlar pequenas cidades próximas, chegando a dominar todo o Peloponeso (sul da Grécia).
Estrutura Rígida da Sociedade Espartana:
* Espartanos ou Esparciatas: descendentes diretos dos dórios representem a única camada social que detinha a cidadania espartana, concentravam as suas forças em duas atividades fundamentais: a guerra e a política.
Segundo uma característica bem comum entre os segmentos mais abastados das sociedades antigas, os espartanos se recusavam a realizar trabalhos agrícolas e outras tarefas consideradas inferiores. Segundo o historiador Moses Finley, “o corpo de cidadãos e Esparta formava uma soldadesca profissional, criados desde a infância para duas aptidões: perícias militar e obediência absoluta. Libertos (na realidade impedidos) de todos os outros interesses vocacionais e respectivos atividades, vivendo uma vida de caserna, sempre prontos para medir forças com qualquer inimigo, hilotas ou estrangeiros. As suas necessidades eram preenchidas pelos hilotas e periecos, o Estado olhava pelo seu treino, a sua obediência era assegurada pela educação e por um conjunto de leis que procuravam impedir a desigualdade (nem sempre conseguindo) econômica e qualquer forma de conseguir lucros. Todo o sistema estava fechado contra a influência externa, contra todos os estrangeiros e até contra a importação de bens do exterior. Nenhum estado se podia comparar a Esparta no seu exclusivismo ou na sua xenofobia.”
* Periecos: habitavam os arredores da cidade, descendentes dos nativos que se subjugaram pacificamente aos invasores. Eram livres, podendo exercer o comercio e o artesanato, sendo obrigados a pagar