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O governo brasileiro foi alvo da maior onda de ataques a sites oficiais na internet de sua história. As ações começaram em 22 de junho e duraram cinco dias. O grupo que assumiu a autoria é o mesmo que promoveu nos últimos dois meses os ataques a sites de empresas multinacionais, da CIA e do FBI nos Estados Unidos.
Direto ao ponto: Ficha-resumo
Os incidentes colocaram o Brasil na mira de uma nova tendência de ataques virtuais, de motivação política. Eles também deixaram o governo em alerta e mostraram o quanto empresas e Estado estão vulneráveis a invasões e roubo de dados sigilosos no país, além de abalarem a confiança dos usuários brasileiros em serviços públicos oferecidos na internet.
Foram atingidos os sites da Presidência da República, do Portal Brasil, da Receita Federal, da Petrobras e dos ministérios do Esporte e da Cultura. A página na internet do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi outra "vítima" dos hackers.
Ao todo, 20 portais do governo federal e 200 sites municipais, principalmente de prefeituras, foram afetados, de acordo com estimativa feita pelo Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados).
Na maior parte dos casos, os hackers usaram o método conhecido como DoS (Denial of Service, em português, "negação de serviço"). Ele consiste em infectar milhares de máquinas com programas robôs para que façam acessos simultâneos a determinado site ou serviço na rede. O servidor, que possui um limite de acesso, não consegue responder e trava ou desliga, tirando a página do ar.
Neste tipo de ataque não há invasão do computador ou roubo de dados pessoais. Mas ele pode causar prejuízos a milhares de pessoas que dependem dos serviços oferecidos on-line. Sites de governos foram tirados do ar por meio dessa técnica. A maioria das investidas partiu de computadores da Itália, para dificultar o rastreamento das autoridades.
Na internet, os autores chegaram a divulgar informações pessoais