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*Main

Os três negócios de que o responsável fala estão divididos em pisos diferentes. O rés-do-chão chama-se Main Zero, vulgo apenas Zero. É explorado pela Bloop, promotora e editora de DJs como José Belo ou Magazino. O tech-house é o estilo musical predominante. “Aqui há uma grande cabina ao nível do público, mas as pessoas nem querem saber quem está lá dentro, vêm mesmo pelo som”, explica o proprietário, para quem, pelo menos neste espaço em particular, os decibéis são mais importantes do que qualquer outra coisa. O Zero adapta-se a estas funções. Parece um bunker, sem pilares nem mesas. As paredes são pretas e o tecto é iluminado apenas por um painel de leds com quadrados que vão mudando de cor. Tem dois bares e o público-alvo é descrito desta forma pelo próprio Tabaco: “quem é alternativo e pseudo-intelectual vai às festas da Bloop. E aqueles betos freaks irreverentes que querem sair de casa contra o pai também lá vão.” Ou isso ou gostam apenas do tipo de música que eles passam. O Main Room corresponde ao primeiro andar. Entra-se pela porta principal e antes de se subir as escadas é preciso ter cuidado para não ficar confuso com todos os espelhos que existem no hall de entrada. É uma sala dedicada à música mais comercial. Os DJs são conhecidos e o show off faz parte da noite, potenciado pela parafernália audiovisual que rodeia a cabine. Sobre esta componente, Tabaco diz: “por vezes dá a sensação que são duas turbinas ligadas e que saem para cima das pessoas.” Já o segundo andar é ocupado por um restaurante – o Main Air. A comida é japonesa, mas os bifes e as saladas também fazem parte do menu. E não é só comida, nem o piano vermelho é só decorativo: aqui também há música ao vivo, algures pelo jazz e a soul. São, portanto, três espaços num só. Mas tenha atenção quem quiser lá ir. Como na maioria das discotecas, o Main Lisbon faz uma selecção cuidada à porta, pelo que se mantém a velha máxima de “o porteiro decide”. O que quer dizer