Espanha em Crise
Além de um dia de lembranças e saudade, o dia de Finados pode ser também um dia de festa, pelo menos em outros países, onde o 02 de novembro são celebrados com música, fantasias, apresentações teatrais, caveiras bem simpáticas e muita alegria.
O Día de Muertos (Dia dos Mortos) mais conhecido, é o mexicano e por ali a comemoração começou antes da chegada dos colonizadores espanhóis. Por lá e em alguns países da América Central e em comunidades dos EUA (onde há grande concentração de população com origem mexicana ou centroamericana) a festa acontece nos dias 01 e 02 de novembro, coincidindo com as celebrações católicas dos dias de Todos os Santos (01) e Finados (02).
A festividade mexicana é declarada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
CONHEÇA UM POUCO DOS SÍMBOLOS DESSA TRADIÇÃO, CUJA ORIGEM REMONTA HÁ MAIS DE 3000 ANOS
CAVEIRA: VIDA, MORTE E SÁTIRA
As ‘caveiras mexicanas’ que tanto vemos por aí (hoje é moda estampando tudo que é objeto – quem nunca viu uma linda camiseta com elas?) têm origem na festividade.
Em algumas culturas pré-hispânicas as celebrações no dia dos mortos remontam há mais de 3000 anos. Eram festas dedicadas às crianças e aos parentes mortos, presididas pela deusa Mictecacíhuatl, conhecida como a ‘Dama de la Muerte’ (dama da morte), atualmente relacionada com a personagem ‘La Catrina’, do pintor, ilustrador e cartunista mexicano, José Guadalupe Posada (1852-1913).
As caveiras do artista são cheias de vida. Vestidas de gala, à cavalo, em bicicletas etc, além de belas ilustrações também carregavam em si mensagem sociais e políticas.
A ‘La Catrina’, por exemplo, é uma sátira dos indígenas que, enriquecidos durante o Porfiriato (período no qual o México esteve no controle do general Porfírio Díaz) renegavam suas origens e costumes copiando modas européias.