Espa o e Tempo em Immanuel Kant
GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA
Disciplina: Oficina do Pensamento III
Prof. Pe. Euder Daniane Canuto Monteiro
Aluno: Luís Fernando Alves Cruz
Mariana, nov. 2014
REDAÇÃO
ESPAÇO E TEMPO EM I. KANT
Kant não foi o primeiro a confeccionar teorias sobre a fundamentação do conhecimento, mas se destaca por buscar questões de como se dá a própria capacidade do conhecer. Ao tentar fixar os limites do conhecimento humano, Kant quer entender como se dá os limites da razão no mundo. Nesse sentido é que em sua argumentação, o filósofo abre espaço para a concepção do espaço e do tempo, ao serem concebidos como intuições puras a priori na Estética Transcendental. Estes não se derivam do entendimento e nem da experiência, mas ordenam toda uma multiplicidade.
O espaço e o tempo são possibilidades de experiência externa. Dessa maneira para que alguém possa situar algo externo a si próprio e correlacionar representações como exteriores ao local onde se encontra, como exterior ás pessoas e diferentes locais faz-se necessário a noção do espaço. “O espaço é uma representação necessária, a priori, que fundamenta todas as intuições externas. Não se pode ter nunca uma representação de que não haja espaço embora se possa perfeitamente pensar” (KANT, Critica da Razão Pura, A24).
Kant não entende o espaço como um espaço discursivo e que podemos referir e ter representação somente de um mesmo espaço. Quando vamos falar de vários espaços, somente referimo-nos a partes deste mesmo espaço, não há como existir mais de um espaço. O espaço é uno, visto que em relação ao espaço, o fundamento de todos os conceitos só pode ser uma intuição a priori.
Em relação ao tempo, acontece da mesma forma. Há um tempo único, e somente podemos falar de diferentes espaços de tempo, não de tempos diferentes, isto o faz que sejam dado pela intuição e não por conceitos. O argumento proposto por Kant não quer dessa forma negar ou excluir a existência de uma