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Filosofia da Mente
Fórum I Filosofia da Mente
1) Quais os argumentos utilizados para combater o dualismo antropológico e o monismo naturalista e compreender o homem como uma "unidade indissolúvel, um ser que não pode caber em nenhum reducionismo"?
Para combater as ideias fragmentadas sobre a natureza humana, a Antropologia Filosófica procura unificar as dimensões constitutivas do indivíduo, entendendo-o como um ser de unidade, integral.
No dualismo antropológico, corrente filosófica de projeção no século XVIII, o homem é visto como um ser constituído por duas dimensões separadas (corpo e alma), irredutíveis entre si, tendo a alma supremacia sobre o corpo físico, que é mortal e se degenera. Essa visão que distingue corpo e alma remete aos pitagóricos e recebeu esteio,sobretudo, da filosofia platônica e cartesiana.
Já o monismo naturalista, corrente filosófica que refuta a constituição humana como sendo a de princípios distintos, defende haver uma substância única no indivíduo, e prevê que corpo e alma são partes integrantes e reduzidas, no homem, de um mesmo princípio fundamental.
Dito isto, podemos entender que tanto o dualismo quanto o monismo, restringiram a compreensão sobre o homem, considerando apenas recortes sobre sua realidade e dimensão. Tais concepções, desenvolvidas sob diferentes aspectos e por vários autores, criaram uma visão bricolada de homem, que desarticulado em sua composição, mais se parece a uma colcha de retalhos solúvel, do que a um ser complexo, que embora plural, mantém uma característica singularmente humana.
Assim, o principal argumento que procura combater tais visões sobre o homem, é o que defende sua espiritualidade - onde, é importante ressaltar, o termo "espírito" não recebe designação religiosa, mas sim uma certa capacidade de transcender