Escultura Contemporânea
Herdeira dessa estética inovadora e de uma longínqua tradição acadêmica na qual pesam concepções clássicas sobre a representação do corpo humano e constrangimentos temáticos a escultura das vanguardas do século XX vai, gradualmente, afastar-se dos velhos cânones, sublinhando a importância da qualidade dos materiais. Seja ele o nobre mármore ou o moderníssimo plástico, na escultura do século XX o material ganha um protagonismo que compete com o valor da temática. A escultura contemporânea estabelece alguns laços com a pintura, pelo que muitos escultores vão trabalhar uma linguagem claramente influenciada pelo cubismo analítico. Entre esses artistas, distingue-se Alexandre Archipenko que despersonifica as figuras, reduzindo-as a jogos rítmicos de formas geométricas.
Criando os novos caminhos da escultura, esses artistas recorrem à simplificação da figura humana, representada apenas por traços essenciais ou estilizada. Em muitos casos esse exercício de simplificação da componente figurativa, leva alguns escultores a criar figuras inventadas, avançando no caminho da abstracção.
Nessa via da abstração, foi importantíssima a obra de Brancusi, que considerava o valor dos materiais prioritários e, inspirando-se diretamente nos materiais, trabalhava-os sem uma temática preconcebida. Seguindo esse trilho na procura do valor intrínseco dos materiais, Henri Moore propõe que o escultor se deixe sugestionar pelas formas contidas nos materiais, devendo a obra final traduzir sempre as suas qualidades (peso, resistência, solidez, textura). Na expressividade das suas esculturas de figuras humanas estilizadas, pesa uma longa e vasta história da criação artística, a partir da qual este artista realiza a fusão de: princípios arcaicos, surrealismo, abstracionismo, e naturalismo.
° Auguste Rodin:
Esculturalmente, Rodin possuía uma capacidade única em modelar uma superfície complexa, turbulenta e profundamente embolsa em argila. Muitas de suas