Escrita da história
O livro transmite uma forte impressão do tamanho da catástrofe humana que ocorreu no século XX. Nesse período teve um alto índice de mortalidade, sem comparação com qualquer período histórico anterior, é marcado pelas duas grandes guerras, daí o surgimento da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) como um sistema alternativo na economia mundial para lutar contra o capitalismo. Houve uma alta desvalorização do individuo, foram negados todos os direitos humanos e civis conquistados durante o século. Hobsbawm achava que o mundo não estava pronto para uma revolução proletária naquele momento, verificando que os bolcheviques ficaram isolados e encurralados numa revolução nacional, cuja preocupação passou a ser logo a simples sobrevivência.
O mundo que se esfacelou no fim da década de 1980 foi o mundo formado pelo impacto da Revolução Russa de 1917. “Fomos todos marcados por ela, na medida em que nos habituamos a pensar na moderna economia industrial em termos de opostos binários, “capitalismo” e socialismo” como alternativo mutuamente excludente, um identificado com economias organizadas com base no modelo da URSS, a outra com todo o restante.
Os sofrimentos causados pela Guerra como mero resultado das próprias operações militares, mas nem tudo foi resultado inevitável do simples uso do poder destrutivo disponível na época. A Primeira Guerra Mundial envolveu todas as grandes potências, e na verdade todos os Estados europeus, com a exceção da Espanha, os Países Baixos, os três países da Escandinávia e a Suíça. Canadenses lutaram na França, australianos e neozelandeses forjaram a consciência nacional numa península do Egeu Gallipoli, tornou-se seu mito nacional e, mais importante, os Estados