Escravos no Segundo Império
Durante o Segundo Império, uma forma de distinguir se os negros eram escravos, escravos de ganho ou negros libertos era pelas roupas que eles usavam. Um escravo que trabalhava no campo, apenas recebendo ordem do seu senhor, costumava se vestir mal, e andar descalço. Um escravo de ganho ou um negro liberto tinham melhores condições e podiam comprar roupas melhores, como, por exemplo, sapatos, ternos, vestidos, entre outros.
O negro liberto ou o escravo de ganho costumava usar as roupas que os brancos usavam como forma de se incluírem na sociedade, usando roupas influenciadas pela moda europeia, roupas como, para os homens, ternos, cartolas, bengalas, e para as mulheres, vestidos longos, chapéus, guarda-sóis.
Na fotografia de Militão Augusto de Azevedo, tirada em 1879, na cidade de São Paulo, onde um casal de negros bem vestidos estão uma ao lado do outro, mostra claramente a ideia de que o negro liberto queria se diferenciar dos outros negros, querendo atingir um lugar na sociedade da época, parecendo da melhor maneira possível com os brancos.
Essa imagem de Militão ganhou um pouco mais de reconhecimento após fazer parte de uma questão do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2011. A questão entrava bem nessa ideia da roupa como diferenciação social, e a resposta correta falava que o sapato era um elemento importante para essa diferenciação, por exemplo, o sapato seria o que além de diferenciar um negro liberto de um escravo normal, poderia diferencia-lo também de um escravo de ganho.
BIBLIOGRAFIA: https://vestibular.brasilescola.com/enem/questao-29prova-azulenem-2011.htm https://professoramagna.blogspot.com.br/2011/10/lei-n-1063903-escola-o-museu-e-sala-de.html
https://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/que-deselegantes