Escravos da Moda
Na semana em que aconteceu o evento de moda mais badalado do Brasil,
O Ministério do Trabalho encontrou um grupo de 29 costureiros bolivianos trabalhando em condições análogas à escravidão, em uma confecção localizada na Zona Leste de São Paulo. Eles recebiam de R$ 0,80 a R$ 4,50 por peça produzida.
A confecção fazia peças para uma fornecedora contratada pelo grupo GEP, responsável pelas marcas Emme, Luigi Bertolli e pela Cori, que se apresentou no SPFW.
O grupo também é representante da grife internacional GAP, no Brasil.
Essa descoberta nos leva mais uma vez a refletir sobre a cultura do consumo desenfreado, os preços exorbitantes das roupas de grife e o mundo de exploração que existe por trás de todo o glamour das passarelas.
Oficina onde trabalhavam os trabalhadores resgatados, cuja sede fica no bairro do Bom Retiro, na zona central de São Paulo.
O grupo de bolivianos costurava para a marca coreana
Talita Kume, recebendo R$ 1 por peça.
CONTRASTE
Fachada de loja da rede Zara em São Paulo e detalhes da confecção em Americana:
Trabalhadores amontoados em meio à sujeira em um espaço sem ventilação, tinham jornadas de trabalho diárias de até 16 horas, sem descanso.
A fábrica da indonésia emprega trabalhadores menores de idade, crianças de 12,13 anos trabalham turnos de 12 horas por dia.
Bolas de Futebol da Nike são feitas em pequenos quartos sem janelas, por velhos jovens e crianças sentados no chão de cimento em pequenas aldeias do Afeganistão.
Tênis da Nike vem de suas putrificas fabricas no Vietnã,
Indonésia Camboja e China.
Bangladesh é o segundo maior exportador mundial de produtos têxteis, perdendo apenas para a
China. Os dois países produzem roupas para grifes internacionalmente conhecidas, a preços irrisórios, graças à exploração da mão de obra barata. Muitas fábricas ilegais não cumprem os requisitos mínimos de segurança e ainda contam com a exploração do trabalho infantil. Segundo