Escravismo e “civilização” da monarquia luso-migrada no contexto das repúblicas americanas.

1881 palavras 8 páginas
B- Escravismo e “civilização” da monarquia luso-migrada no contexto das repúblicas americanas. Quando a corte portuguesa se transferiu para a América portuguesa não trouxe consigo apenas a família real, mas também boa parte do corpo administrativo português. Migraram para o Brasil, pelo menos 15 mil pessoas vindas de Portugal para o Rio de Janeiro. Os imigrantes não vinham apenas da Metrópole, como também colonos de outras partes do Império português, tais como Angola e Moçambique. Com constantes revoluções republicanas nos países sul-americanos de domínio espanhol, setores da Coroa espanhola se muda para o Rio de Janeiro, encontrando um refúgio monárquico no Novo Mundo. Com o aumento da imigração burocrática, aumentou a procura serviços dentro da cidade, tais como moradias, serviços domiciliares e secretariado em geral, assim como bem diversos, atraindo para o Rio de Janeiro produtos e emigrantes das outras partes do país. Com o tráfico negreiro, a partir do final do século XVIII a baía de Guanabara se torna o maior terminal negreiro da América. O Brasil era um país independente, onde daria espaço à liberdade individual, o cidadão estaria liberto da rede imperial, mas aí entra outra questão, quem é cidadão? Estavam integrados socialmente todos os moradores? A questão de liberdade individual é um assunto bastante contraditório, principalmente em países americanos, onde estava em voga um sistema escravista bem estruturado, em contrapartida a uma sociedade que buscava atingir princípios liberais predominantes nas sociedades europeias. O escravo sendo propriedade de um dono, ou seja, sendo um bem particular, ele poderia ser julgado, comprado e vendido, herdado, ou hipotecado, mas todas essas ações passavam pelos olhos atentos do Império. Segundo o autor “A vida privada escravista desdobra-se numa ordem privada prenhe de contradições com a ordem pública”. Ou seja, o direito de possuir um escravo, se torna de caráter constitutivo, a partir do momento em

Relacionados