Escravidão no brasil
Enquanto na américa hispânica, os europeus encontraram grandes sociedades estruturadas com um sistema de trabalho forçado já existente, como ocorreu com os Astecas no México e Incas no Peru e Bolívia, no Brasil foi bem diferente. Nestes locais já existia escravidão indígena feita por indígenas e os povos tinham costume de viver em núcleos urbanos, possuíam moeda própria (sementes de cacau, sementes de milho). Os incas escravizavam outras etnias indígenas, os Astecas também, então o que os espanhóis fizerem foi só manter e ampliar o sistema.
No Brasil, não existiam sociedades complexamente estruturadas em sistemas fortemente hierárquicos e sim grupos étnicos que viviam de forma semi-autônoma uns dos outros. A escravidão não era uma prática comum entre os índios daqui. Não se necessitavam de escravos para construção de grandes templos de grandes cidades porque aqui se viviam em aldeias de palha e não em cidades. Não era necessário acúmulo de metais preciosos pois não havia um imperador e nobres que os necessitassem. Assim, se plantava para comer, se produziam redes para se utilizar, não fazia sentido para os indígenas brasileiros produzir excedentes de produtos para acumulação de riqueza, pois a sociedade era coletivista, não fortemente hierárquica.
Com a chegada dos portugueses e as tentativas de escravizar a população local indígena, não houve grande sucesso nesta empreitada, porque segundo os portugueses os índios daqui eram "preguiçosos", o que não é verdade; eles simplesmente não entendiam o porque tinham que