Escravidão na africa
CAMPUS XVIII - EUNÁPOLIS BA
PROFESSORA: JOCENEIDE
DISCIPLINA – AFRICA: Da Antiguidade à Colonização Europeia ANTONIO CÉSAR SILVA SANTOS*¹
LOVEJOY, Paul E. A Escravidão na África: uma história de suas transformações. Trad. Regina A. R. Bhering e Luiz Guilherme B. Chaves - Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
RESENHA
Paul Lovejoy nasceu nos Estados Unidos e naturalizou-se canadense, professor da Universidade de York, em Ontário, no Canadá, lançou primeiramente esta obra em 1983 e nela, traz às claras nuvens, as razões do crescimento da escravidão no Continente Africano no século XIX, relacionando-a ao estabelecimento e forte utilização da escravidão na Europa e nas Américas.
A obra A escravidão na África uma história de suas transformações, como o próprio autor classifica, é uma obra de síntese, frente a complexidade da história da escravidão no continente Africano. Sob a tese de que a escravidão foi transformada parte pelas influencias externas, parte pela dinâmica das forças internas, Lovejoy enfatiza que, muito embora existam diversos estudos acerca do tema, as correntes de opiniões de historiadores se dividem, muito dos quais comungam com sua teoria e, outros discordam a exemplo de Thornton que, não considera os fatores externos determinantes na escravidão interna daquele país. Que o comércio atlântico foi uma consequência de uma escravidão já instalada naquele lugar, que ao contrário do que muitos pensam a escravidão na África não foi devido ao seu subdesenvolvimento e, sim por razões internas que legitimaram a escravidão. Lovejoy, no entanto dirige seu estudo na direção de uma escravização no modo mercantilista, não sem considerar os fatores internos e culturais da África, e, sobretudo levando em consideração os fatores externos, apontando a existência de escravos desde a antiguidade africana. Por essa