escravidão africana
A partir do início do século XVII, ocorreu uma grande redução da população indígena em consequência das guerras dos colonos contra os índios e das sucessivas epidemias que os vitimavam.
Diversos motivos são apontados pelos historiadores para explicar a predominância da escravidão africana em relação à indígena em áreas exportadoras, desde o século XVII.
Vejamos as explicações mais conhecidas:
- A não adaptação do índio ao trabalho na lavoura;
- Transmissão de doenças através do contato com os colonizadores;
- Oposição de vários setores da Igreja e da Coroa à escravização indígena;
- Resistência por parte dos indígenas e as consequentes fugas tornaram a escravização destes menos atraente e lucrativa.
Os ganhos com o comércio dos indígenas capturados ficavam dentro da colônia, já o lucro com o tráfico negreiro ia para a metrópole.
Por isso, a escravização dos africanos foi incentivada ,enquanto a dos indígenas foi desestimulada e até mesmo proibida em certos lugares e períodos.
A mão-de-obra africana representou a base das atividades econômicas no Brasil colonial, com a produção de açúcar e a mineração.
Entretanto, além de trabalhar nos engenhos e nas minas, os africanos também foram utilizados em outros cultivos agrícolas (arroz, tabaco e algodão), na criação de animais, no transporte, no serviço doméstico e no comércio.
Devido ao tráfico negreiro, milhões de africanos foram desterrados, arrancados da África e escravizados.
Depois de aprisionados em seu continente, os africanos eram acorrentados e marcados com ferro em brasa para identificação. Eram então vendidos aos comerciantes de escravos no litoral da África e mandados para a América em navios negreiros.
Nos escuros porões dos navios, o espaço era reduzido e o calor quase insuportável; a água era suja e o alimento, insuficiente para todos. O ambiente era propício a doenças e epidemias, que vitimavam os africanos debilitados. Por isso os navios eram chamados de