Escravidao no brasil
A escravidão é uma prática social em que um ser humano assume direitos de propriedade sobre outro. Os escravos eram legalmente definidos como uma mercadoria e os preços variavam conforme as condições físicas, habilidades profissionais, a idade, a procedência e o destino.
A escravidão no Brasil tem início logo após o Descobrimento, com o advento da Colonização. Inicialmente ela se dá com a captura, pelo colonizador, dos povos indígenas que habitavam as costas do Brasil. Essa tentativa mostrou-se, mais tarde, infrutífera, vez que o índio brasileiro, pela sua cultura e pela sua forma de vida, não se sujeitava plenamente ao exercício do trabalho, preferindo a morte, que se dava nas fugas e nos enfrentamentos. Além disso, o comércio de escravos índios não rendia frutos à Coroa e foi, por esta, rechaçado, já que eram comercializados na Colônia.
A solução encontrada foi o comércio de escravos negros. Povos abundantes nas costas africanas por onde passavam as naus, que aos poucos se adaptavam para poder, cada vez mais, transportar os escravizados. Criou-se um potente comércio.
Desenvolvimento
A escravidão no Brasil se consolidou como uma experiência de longa duração que marcou diversos aspectos da cultura e da sociedade brasileira. Mais que uma simples relação de trabalho, a existência da mão de obra escrava africana fixou um conjunto de valores da sociedade brasileira em relação ao trabalho, aos homens e às instituições. Nessa trajetória podemos ver a ocorrência do problema do preconceito racial e social no decorrer de nossa história.
Durante o estabelecimento da empresa colonial portuguesa, a opção pelo trabalho escravo envolveu diversas questões que iam desde o interesse econômico ao papel desempenhado pela Igreja na colônia. Sob o aspecto econômico, o tráfico de escravos foi um grande negócio para a Coroa Portuguesa. Em relação à posição da Igreja, o povo português foi impelido a escravizar os indígenas, pois estes integrariam o projeto de expansão do