A Escravatura derivava de 3 origens : o nascimento, a guerra e condenação em julgamento.(…)A imensa maioria dos escravos provinha da guerra. No fim de uma batalha, os prisioneiros que não têm com que se resgatar são vendidos, depois de um assalto, os homens da cidade tomada são passados ao fio da espada, as mulheres e as crianças são sorteados entre os vencedores.(…)a maior parte dos escravos entra para a casa do seu senhor por meio de compra. São de proveniências as mais diversas. Poucos gregos: são em geral indivíduos maus, criminosos vendidos no estrangeiro.(…) O comércio de escravos é, por conseguinte, muito activo na Grécia. Os mercadores precipitam-se atrás dos exércitos ou estabelecem relações com os piratas. Operam principalmente nas vizinhanças dos países bárbaros. Quios, Éfeso, Bizâncio, a Tessália, eis os grandes mercados de abastecimento.(…) Os importadores canalizam toda a mercadoria para a Ática. Na Agora de Atenas, todos os meses , se realiza uma feira. Uma parte dos seus carregamentos é expedida em Súnio, para as minas. O excedente das importações é reembarcado para a Sicília. Atenas é, portanto, o centro destes negócios.(…) O escravo é um instrumento animado. Pertence a outro homem é coisa sua. (…) Em princípio o escravo não tem personalidade. Não tem verdadeiramente nome próprio. Não tem família.(…) Os seus filhos não passam de crias do rebanho que pertencem ao senhor da mãe(…) não dispõe do seu corpo(…)Sendo ele próprio uma propriedade não tem capacidade para exercer o direito de propriedade(…) por vezes exerce a sua profissão fora de casa do senhor e dispõe em parte do seu salário; pode até fazer fortuna; (…) O interesse do senhor constitui a única garantia do escravo (…) O senhor exerce um direito de correcção muito amplo; já não tem, porém, o direito de vida ou de morte.(…) Em toda a Grécia, os regulamentos de política dispõem, como sanções, da multa para os homens livres e do chicote, para os escravos. (…) Em Atenas, o escravo recebe 50