Escolástica
Este período do pensamento cristão é denominado escolástica, porque era a filosofia ensinada nas escolas da época por mestres chamados escolásticos. Diversamente da patrística, cujo interesse é acima de tudo religioso e cuja glória é a
elaboração da teologia dogmática católica, o interesse da escolástica é, acima de tudo, especulativo, e a sua glória é a elaboração da filosofia cristã. Tal elaboração, todavia, será plenamente racional, consciente e crítica.
O período escolástico pode ser dividido em três fases:
Primeira fase: confiança na perfeita harmonia
entre fé e razão;
Segunda fase: elaboração de grandes sistemas filosóficos, merecendo destaque as obras de Tomas de Aquino. Nessa fase, considera- se que a harmonização entre fé e razão pode ser parcialmente obtida;
Terceira fase: decadência da escolástica, marcada por disputas que realçam as diferenças entre fé e razão.
A escolástica promoveu significativos avanços no estudo da lógica. Um dos
filósofos que mais contribui para o desenvolvimento desses estudos foi o romano Boécio. Além disso Boécio foi o primeiro a introduzir a questão dos universais. A questão dos universais
Era a grande discussão sobre a existência ou não das ideias gerais, isto é, os chamados universais de Aristóteles. Tal discussão ficou conhecida como a questão dos universais, ou seja, da relação entre as coisas e seus conceitos.
Realismo
Os adeptos do realismo sustentavam a tese de que os universais existiam de fato, ou seja,
as ideias universais existiriam por si mesmas.
O filósofo e bispo francês Guilherme de
Champeaux, também era realista e acreditava que entre o universo das coisas e o universo dos nomes havia uma analogia tal que, quanto mais “universal” fosse o termo gramatical, maior seria seu grau de perfeição original da ideia.