Escolha da forrageira
A produtividade da pecuária à pasto está diretamente relacionada com o potencial da forrageira, sua adaptabilidade ao ecossistema e principalmente com o manejo adotado. As forrageiras, quanto à sua exigência nutricional e conseqüentemente resposta à adubação podem ser classificadas em três grupos, apresentados na Tabela 1.
Tabela 1 – Classificação das forrageiras quanto à exigência nutricional.
Grupos
Forrageiras
Grupo 1: elevada exigência nutricional
Capins: elefante, tifton, coastcross, tanzânia, mombaça, colonião.
Leguminosas:soja perene, leucena.
Grupo 2: Média exigência nutricional
Capins: braquiarão ou marandu, xaraés, jaraguá, ruziziensis, braquiária-de-brejo, estrela africana.
Leguminosas: centrocema, siratro, , tropical, guandu, amendoim forrageiro.
Grupo 3: Baixa exigência nutricional
Capins: gordura, braquiária comum (B. decumbens), humidicola, B. dictyoneura, andropogon.
Leguminosas: stylozanthes (mineirão), desmodium cv. Itabela, calopogônio, cudzu tropical. É fundamental que na fazenda sejam atribuídas às áreas mais férteis forrageiras mais exigentes e produtivas. O plantio de forrageiras mais exigentes em solos pobres implica necessariamente na adubação da pastagem para que não haja queda de produtividade seguida da sua degradação. O capim–humidicola estabelecido em solo de tabuleiros costeiros necessitaria pouquíssima adubação fosfatada para produzir satisfatoriamente, já o capim-braquiarão (marandu), nessas mesmas condições, necessitaria de calagem, maior dosagem de fósforo, além nitrogênio e potássio.
Além da exigência nutricional outro fator importante na escolha da forrageira é a sua adaptabilidade às condições de excessiva umidade do solo e capacidade de cobertura do solo. Para áreas sujeitas a alagamento deve-se preferir os capins, braquiaria-de-brejo, capim-bengo, humidicola e estrela africana, ordenados de acordo com o nível de tolerância. Áreas com topografia muito acidentada, devem