Escolaticismo
1. DEFINIÇÃO O termo “escolasticismo”vem através do latim, da palavra grega “schole”, que significa o lugar onde se aprendia. O termo “escolástico”foi aplicado aos professores na corte ou na escola palaciana de Carlos Magno e também aos eruditos medievais que se serviam da filosofia no estudo da religião. Este estudiosos procuravam provar a verdade vigente através de processos racionais em vez de buscar uma nova verdade. Desta forma o escolasticismo pode ser definido como a tentativa de racionalizar a teologia para que se sustente a fé com a razão. É uma corrente filosófica nascida na Europa da Idade Média, que dominou o pensamento cristão entre os séculos XI e XIV e teve como principal nome o teólogo italiano São Tomás de Aquino. "Uma das contribuições mais importantes de São Tomás foi ter realizado uma releitura da obra de Aristóteles dentro de uma perspectiva cristã", afirma o filósofo Marcelo Perine, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Com essa releitura, o pensador italiano tentou conciliar razão e fé, acreditando que não havia contradição entre elas, pois ambas vinham de Deus. Essa concepção é muito bem expressa por uma velha máxima sua: "Crer para poder entender e entender para crer." São Tomás de Aquino dividiu o conhecimento humano em dois. O conhecimento sobrenatural seria aquele ensinado pela fé, como a aceitação da Trindade Divina, ou seja, Deus como Pai, Filho e Espírito Santo.
2. AS CAUSAS DO SURGIMENTO DO ESCOLASTICISMO A causa principal foi a emergência na Europa da filosofia de Aristóteles. Outra causa foi o interesse das novas ordens mendicantes pelo uso da filosofia no estudo da revelação. Tomas de Aquino, o grande escolástico, e Alberto Magno, seu mestre, e Guilherme de Occam e Boaventura eram franciscanos. A expansão do movimento universitário, que começou no século XII, deu um lugar para o