Escolas públicas
No Brasil, a escola pública ostenta uma arquitetura bastante padronizada, até muito simples, desprovida de encantamento, diferente do que se esperaria oferecer as crianças e aos jovens. Essa situação decorre do célere crescimento e atendimento da demanda e a limitação de recursos.
Deixada de lado pela maioria dos debates sobre a qualidade de ensino no Brasil, a arquitetura escolar tenta a anos ser reconhecida pelo papel que desempenha no aprendizado dos alunos, apesar de exceções, muitos professores estão mal preparados para trabalhar em ambientes radicalmentes modificados (me refiro aos projetos que eliminam completamente salas de aulas convencionais e outros espaços convencionais das escolas) e sua formação e preparação inicial para uma vida inteira de serviços profissionais não consideraram seriamente o assunto das condições materiais dos espaços que iriam ocupar.
A forma de construção de uma sociedade ou civilização está diretamente ligada com a sua forma de pensar. O mesmo aconteceu com as edificações escolares, que ao longo da história eram pensadas segundo os conceitos educacionais de casa época. Todas as mudanças ocorridas no espaço físico escolar, estão diretamente ligadas as novas formas de se pensar na educação.
A escola apresenta através de sua arquitetura um sistema de valores. O espaço escolar comunica, mostra a quem sabe lê-lo que postura se pretende do ser humano que se faz uso dele. Ainda nos deparamos com várias escolas que foram construídas com a finalidade de propiciar vigilância, como se esse fosse o único papel da educação. A vigilância que me refiro, não e aquela que zela pela integridade física dos alunos, mas a vigilância de seus pensamentos, de seu comportamento, de seus desejos, que devem ser semelhantes ao da organização escolar vigente.
As vezes procuramos longe demais soluções para os problemas educacionais que podem ser resolvidos no próprio espaço da escola. Nosso sistema educacional, com