Escolas literárias
De acordo com Eça de Queirós, um dos mais importantes escritores lusos, “o Romantismo era apoteose do sentimento, o Realismo é a anatomia do caráter. É a crítica do homem. É a arte que nos pinta a nossos próprios olhos para nos reconhecermos, para que saibamos se somos verdadeiros ou falsos, para condenar o que houver de mau em nossa sociedade”.
No Brasil, o início do Realismo ocorre em duas direções. A primeira é relacionada aos problemas sociais, ambiente urbano e elementos do cotidiano. Já a segunda, aconteceu no flerte do realismo com o Naturalismo. Assumindo uma posição ideológica regionalista, na qual se elevou a cor local, a vida difícil no ambiente rural brasileiro e o determinismo, negando a existência do livre-arbítrio.
Entre as principais características do Realismo brasileiro, influenciado pelo Determinismo de Taine e pelo Positivismo de Augusto Comte, existem duas linhas: * Marcada por Machado de Assis, de análise das classes mais abastadas da sociedade carioca, com foco em temas políticos do século XIX. * Com ênfase na análise comportamental dos seres humanos das camadas menos privilegiadas. Estabelece-se o condicionamento do homem.
Nesta segunda vertente, foi criado um laço entre a conduta humana e a terra, o problema de relações entre o ambiente e o homem, verificadas na abordagem Realista/Naturalista. Ainda no que se refere ao regionalismo, o realismo consolidou as expressões regionais, populares e profissionais.
Pré-Modernismo
Pré-Modernismo não pode ser considerado uma escola literária, mas sim um período literário de transição do Realismo/Naturalismo para o Modernismo também conhecido como período sincrético.
Os autores embora tivessem cultivado formalismos e estilismos, não deixaram de mostrar inconformismo perante suas próprias consciências dos aspectos políticos e sociais, incorporando seus próprios conceitos que abriram o caminho para o Modernismo. Chamamos de Pré-Modernismo a essa fase de transição