Escolas Filosóficas
Aline Roseany Costa Borges²
1. INTRODUÇÃO
Entre os séculos XVIII e XIX, ocorreram diversos acontecimentos que contribuíram para a ruptura com a tradição medieval e o advento da Modernidade. Nesse momento, várias correntes filosóficas surgiram ou se reafirmaram com toda força. Nelas, começam-se construir novos questionamentos e reflexões buscando conhecer e entender a o mundo, o homem e sua forma de obter conhecimento. Essas escolas influenciaram várias áreas do conhecimento como, por exemplo, a Psicologia que as usará como base para se fundamentar. Pretende-se fazer, através deste ensaio, uma breve apresentação dos seguintes movimentos filosóficos: Racionalismo, Empirismo, Iluminismo, Positivismo, Idealismo, Inatismo, Neocriticismo, Estruturalismo, Funcionalismo e Psicologismo citando suas origens, principais autores e características.
2. Racionalismo
Racionalismo é um termo geralmente empregado ao uso da razão para validar um determinado conhecimento. Ele foi utilizado pela primeira vez por Kant para denominar sua filosofia transcendental. Essa escola filosófica é muito associada ao filósofo e matemático René Descartes (1596 – 1650) por este defender que a razão humana - como forma de conhecimento - é natural ao homem. Porém, foi Hegel quem caracterizou o Racionalismo como corrente filosófica que vai de Descartes a Leibniz e Spinoza.
Para F. Hegel (1770 – 1829) só existe a razão humana que é temporal e dinâmica, por isso, afirma que não há “verdades eternas”, pois na história da humanidade há diversos momentos em que uma verdade (razão) pode ser válida por está em um contexto, contudo em outro, essa mesma verdade poderá não ser válida por está em um contexto totalmente diferente. Demonstrava a necessidade de estudar a história para compreender a filosofia, defendia a unidade da razão e utilizava o método dialético.
B. Spinoza (1632 – 1677) defende que “[...] a razão reconhece e aceita o determinismo, e a ação livre é