Escolas cristãs medievais
No texto a seguir, indicaremos as características e as finalidades das Escolas Cristãs de tipo Medieval, que aparecem desde o século IV, inteiramente orientadas para a vida religiosa.
A Escola Monástica do Oriente surge quando padres do deserto do Egito começam a acolher consigo crianças ou adolescentes. Uma vez que as recebiam, os monges começavam a dedicar-se à educação dessas crianças e noviços, através de um venerável ancião, cheio de experiências e virtudes que lhe servirá como um pai espiritual.
Os futuros monges viviam uma vida de celibato e completa devoção. Apresentando como um traço fundamental uma menor cogitação em estudar. Tal fato pode estar ligado ao seu traço cultural, que restaura na tradição cristã o “primado dos simples”, opondo-se ao orgulho intelectual.
Posteriormente, faz-se vigente a Regra de São Basílio, com o acolhimento de crianças, apresentadas por seus pais para serem alfabetizadas (no latim) para leitura da bíblia especificamente.
O monaquismo oriental, porém, vive imerso em um meio cultural estagnado, que preocupa-se mais em permanecer com uma rígida devoção do que tornar-se um centro de estudos.
No Ocidente, devido a alguns fatores, acarretou-se uma situação diferente à do Oriente. Ocorre uma transposição do monaquismo do Ocidente e uma importação do monaquismo do Oriente, gerando uma visão monástica caracterizada pela lectio divina, ou seja, a leitura dos livros sagrados.
O caráter letrado é manifestado desde a origem do monaquismo ocidental, totalmente envolvido com a cultura e dando ênfase a atividades intelectuais.
No século VI, as trevas da barbárie começam a se estender, ocasionando uma ameaça do desaparecimento da cultura no Ocidente. Para preservar a cultura, os legisladores enfatizam que todo monge e freira deveriam saber ler as sagradas escrituras. E ainda focados na conservação da cultura, a leitura sagrada previa a admissão de crianças pequenas nos mosteiros, onde ocorria naturalmente