escolares
Posted: 12 Aug 2014 04:17 AM PDT
Todos nós ao longo da vida vamos construindo um modelo do mundo. Vamos acumulando experiências que nos fazem ter uma ideia acerca de nós mesmos, do nosso potencial e das nossas limitações. A sociedade, educadores, amigos, familiares, contribuem para a construção da grande maioria das nossas crenças. Aquilo em que acreditamos tem uma forte influência na forma como experimentamos o mundo, e igualmente na forma como interpretamos a nossa história de vida. A necessidade que temos para construirmos certezas que nos ajudem a caminharmos seguros e confiantes, pode conduzir-nos a excessos de catalogação, a excessos de “ses” e “deverias”, tornando-nos pouco flexíveis na forma como pensamos, sentimos e agimos. Por vezes, a nossa forma de ser e de interpretar o mundo leva-nos a criar barreiras e obstáculos ao nosso bem-estar e felicidade.
Num esforço para nos adaptarmos e adequarmos ao mundo, em retorno, todos nós vamos criando limitações ilusórias, criando prisões psicológicas que nos fazem sofrer das mais variadas formas.
Em baixo apresento um texto representativo da construção das nossas limitações, preconceitos e prisões psicológicas:
“Em mim habitam muitas limitações, preconceitos e insensibilidades impostas pelos outros, pela sociedade e cultura.
Às vezes tão incisivas que me fazem olhar para mim de forma rígida, cheias de “ses” e “devias”,
Critico-me a mim, aos outros, às coisas, aos ricos, aos pobres, aos muçulmanos, aos cristãos, aos gays, aos do norte, aos do sul,
Sempre com a dose certa de malícia, suficiente para obscurecer a minha bondade, empatia, compaixão, solidariedade,
Tudo isso por medo, por tomar partido, por proteção, por vaidade, por supremacia, talvez até por sobrevivência,
Dia a após dia, vou ficando encarcerado pela minha maledicência que me afasta do amor,
O amor, tantas vezes esquecido, justifico esse esquecimento pela mágoa, pela “casca”