escola
Venerado por uns,odiado por outros,Napoleão não tem até hoje um retrato acabado.Nas telas de pintores famosos,em panfletos politicos que circularam na Europa e no Brasil ou num Portugual vítima da sonha de seus homens ,a lenda napolônica adquiriu contornos totalmente opostos.Criou-se a imagem do conquistador e desprezar-se a do inimigo da religião,"monstro usurpador"que forçou a família real portuguesa a vir para a América.
Mas o terror da igreja e das cabeças coroadas também foi capaz de despertar paixões que sobrevivem nos quatro cantos do mundo.Eles é lembrado desde a longíngua Eslovênia até os rincões do Brasil.O fascínio pelo personagem contraditório persiste na imaginário de milhares de pessoas.Horói ou vilão?
Retrato inacabado
Raquel Stoiani
Figuara polêmica,Napoleão Bonaparte foi alvo de intermináveis controvérsias antes e depois de sua morte
Uma preocupação costante de Napoleão Bonaparte foi a construção de sua imagem pública.Enquanto esteve no poder (1799-1815),ele estruturou uma complexa máquina de propagada.do homemda paz ao deus da guerra,do herói revolucionário à vítima dos contrarrevolucionários,comparando-se a Carlos Magno ou a Aníbal,modificava sua fiura pública de acordo com as necessidades do momento.Seus opositores,por sua vez ,buscaram desfigurá-lo com o mesmo empenho.
O famoso escritor romântico François René Auguste de Chateaubriand (1768-1848) foi um dos principais críticos da tirania imperial.A obra De buonaparte et des Boubons (1814),publicada logo após a primeira abdicação do imperador (1814),traz o retrato mais repulsivo de Napoleão :o destruidor ,o estrangeiro de origem corsa indiferente á França,o devorador de gerações de jovens ,o supressor da toda livre opinião,enfim, o tirano .Magame de Stael (1766-1817),escritora e dona de um famoso salão literário em Paris,também foi juíza severa do regime napoleônico.Nas Considerations sur la Révolution Française (1818),sua principaç