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Talvez Hiroshima seja uma das cidades desconhecidas mais famosas do mundo. Se perguntarmos, acho que qualquer pessoa com nível de escolaridade do segundo grau no mundo inteiro reconhece o nome desta cidade. Para todos, a imagem que vem imediatamente à cabeça é da explosão, da bomba atômica.
Pouco mais se sabe. É como se a enormidade do que aconteceu nessa cidade japonesa no dia 6 de agosto de 1945 bastasse pra apagar qualquer coisa que ela possa ter tido antes e depois daquele nefasto momento, às 8:15 da manhã, quando o avião apelidado de "Enola Gay," um dos vários aviões bombardeios B-29 que voaram sobre Hiroshima naquele dia, abriu a comporta e deixou cair sobre a cidade a bomba conhecida como "Little Boy"–"Menininho." A explosão ocorreu a 2.000 pés acima do prédio que hoje é chamado "A cúpula da bomba atômica."
A devastação, como se sabe, foi imensa num rádio de uma milha e meia de onde caiu a bomba. Pessoas foram pulverizadas instantaneamente, estruturas de metal derreteram, prédios desapareceram no ar. As montanhas que circundam Hiroshima seguraram o vento gerado pela força do "Little Boy," e o retransmitiram mais uma vez à cidade, atingindo-a com uma segunda onda de morte e destruição. Calcula-se que mais de 140.000 pessoas morreram em Hiroshima até o fim do ano 1945, entre elas não somente japoneses, mas também coreanos e chineses que haviam sido trazidos à força a Hiroshima para trabalharem nas fábricas, quase como escravos. Um grande número de pessoas morreram nos primeiros dias. Outros morreram devagar, em longa e terrível agonia. Ainda hoje muitos carregam na pele, nos órgãos internos e nos genes a herança daquela bomba.
Tudo isso está documentado em livros, em arquivos de documentos, em fotos, e até em filmes. Uma pesquisa rápida na Internet, por exemplo, dará muitos endereços onde se podem encontrar desde discussões sobre a necessidade (ou não) desta bomba, até listas de livros e de cursos sobre o